terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Jacó para o vau de Jaboque e luta com um anjo

O Primeiro Livro De Moisés Chamado
Gênesis
32.22-32
  1. E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque.
  2. E tomou-os e fê-los passar o ribeiro; e fez passar tudo o que tinha.
  3. Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu.
  4. E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele.
  5. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.
  6. E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.
  7. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.
  8. E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali.
  9. E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva.
  10. E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa.
  11. Por isso os filhos de Israel não comem o nervo encolhido, que está sobre a juntura da coxa, até o dia de hoje; porquanto tocara a juntura da coxa de Jacó no nervo encolhido.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Jacó envia mensageiros a Esaú

O Primeiro Livro De Moisés Chamado
Gênesis
32.1-21
  1. Jacó também seguiu o seu caminho, e encontraram-no os anjos de Deus.
  2. E Jacó disse, quando os viu: Este é o exército de Deus. E chamou aquele lugar Maanaim.
  3. E enviou Jacó mensageiros adiante de si a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, território de Edom.
  4. E ordenou-lhes, dizendo: Assim direis a meu senhor Esaú: Assim diz Jacó, teu servo: Como peregrino morei com Labão, e me detive lá até agora;
  5. E tenho bois e jumentos, ovelhas, e servos e servas; e enviei para o anunciar a meu senhor, para que ache graça em teus olhos.
  6. E os mensageiros voltaram a Jacó, dizendo: Fomos a teu irmão Esaú; e também ele vem para encontrar-te, e quatrocentos homens com ele.
  7. Então Jacó temeu muito e angustiou-se; e repartiu o povo que com ele estava, e as ovelhas, e as vacas, e os camelos, em dois bandos.
  8. Porque dizia: Se Esaú vier a um bando e o ferir, o outro bando escapará.
  9. Disse mais Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu pai Isaque, o Senhor, que me disseste: Torna-te à tua terra, e a tua parentela, e far-te-ei bem;
  10. Menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que fizeste ao teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão, e agora me tornei em dois bandos.
  11. Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú; porque eu o temo; porventura não venha, e me fira, e a mãe com os filhos.
  12. E tu o disseste: Certamente te farei bem, e farei a tua descendência como a areia do mar, que pela multidão não se pode contar.
  13. E passou ali aquela noite; e tomou do que lhe veio à sua mão, um presente para seu irmão Esaú:
  14. Duzentas cabras e vinte bodes; duzentas ovelhas e vinte carneiros;
  15. Trinta camelas de leite com suas crias, quarenta vacas e dez novilhos; vinte jumentas e dez jumentinhos;
  16. E deu-os na mão dos seus servos, cada rebanho à parte, e disse a seus servos: Passai adiante de mim e ponde espaço entre rebanho e rebanho.
  17. E ordenou ao primeiro, dizendo: Quando Esaú, meu irmão, te encontrar, e te perguntar, dizendo: De quem és, e para onde vais, e de quem são estes diante de ti?
  18. Então dirás: São de teu servo Jacó, presente que envia a meu senhor, a Esaú; e eis que ele mesmo vem também atrás de nós.
  19. E ordenou também ao segundo, e ao terceiro, e a todos os que vinham atrás dos rebanhos, dizendo: Conforme a esta mesma palavra falareis a Esaú, quando o achardes.
  20. E direis também: Eis que o teu servo Jacó vem atrás de nós. Porque dizia: Eu o aplacarei com o presente, que vai adiante de mim, e depois verei a sua face; porventura ele me aceitará.
  21. Assim, passou o presente adiante dele; ele, porém, passou aquela noite no arraial.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Deus manda Jacó tornar à terra dos seus pais

O Primeiro Livro De Moisés Chamado
Gênesis
31.1-21
  1. Então ouvia as palavras dos filhos de Labão, que diziam: Jacó tem tomado tudo o que era de nosso pai, e do que era de nosso pai fez ele toda esta glória.
  2. Viu também Jacó o rosto de Labão, e eis que não era para com ele como anteriormente.
  3. E disse o Senhor a Jacó: Torna-te à terra dos teus pais, e à tua parentela, e eu serei contigo.
  4. Então mandou Jacó chamar a Raquel e a Lia ao campo, para junto do seu rebanho,
  5. E disse-lhes: Vejo que o rosto de vosso pai não é para comigo como anteriormente; porém o Deus de meu pai tem estado comigo;
  6. E vós mesmas sabeis que com todo o meu esforço tenho servido a vosso pai;
  7. Mas vosso pai me enganou e mudou o salário dez vezes; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal.
  8. Quando ele dizia assim: Os salpicados serão o teu salário; então todos os rebanhos davam salpicados. E quando ele dizia assim: Os listrados serão o teu salário, então todos os rebanhos davam listrados.
  9. Assim Deus tirou o gado de vosso pai, e deu-o a mim.
  10. E sucedeu que, ao tempo em que o rebanho concebia, eu levantei os meus olhos e vi em sonhos, e eis que os bodes, que cobriam as ovelhas, eram listrados, salpicados e malhados.
  11. E disse-me o anjo de Deus em sonhos: Jacó! E eu disse: Eis-me aqui.
  12. E disse ele: Levanta agora os teus olhos e vê todos os bodes que cobrem o rebanho, que são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te fez.
  13. Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai-te desta terra e torna-te à terra da tua parentela.
  14. Então responderam Raquel e Lia e disseram-lhe: Há ainda para nós parte ou herança na casa de nosso pai?
  15. Não nos considera ele como estranhas? Pois vendeu-nos, e comeu de todo o nosso dinheiro.
  16. Porque toda a riqueza, que Deus tirou de nosso pai, é nossa e de nossos filhos; agora, pois, faze tudo o que Deus te mandou.
  17. Então se levantou Jacó, pondo os seus filhos e as suas mulheres sobre os camelos;
  18. E levou todo o seu gado, e todos os seus bens, que havia adquirido, o gado que possuía, que alcançara em Padã-Arã, para ir a Isaque, seu pai, à terra de Canaã.
  19. E havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha.
  20. E Jacó logrou a Labão, o arameu, porque não lhe fez saber que fugia.
  21. E fugiu ele com tudo o que tinha, e levantou-se e passou o rio; e se dirigiu para a montanha de Gileade.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Predição do cerco de Jerusalém

Livro De
Ezequiel
4.1-17
  1. Tu, pois, ó filho do homem, toma um tijolo, e pô-lo-ás diante de ti, e grava nele a cidade de Jerusalém.
  2. E põe contra ela um cerco, e edifica contra ela uma fortificação, e levanta contra ela uma trincheira, e põe contra ela arraiais, e põe-lhe aríetes em redor.
  3. E tu toma uma sertã de ferro, e põe-na por muro de ferro entre ti e a cidade; e dirige para ela o teu rosto, e assim será cercada, e a cercarás; isto servirá de sinal à casa de Israel.
  4. Tu também deita-te sobre o teu lado esquerdo, e põe a iniquidade da casa de Israel sobre ele; conforme o número dos dias que te deitares sobre ele, levarás as suas iniquidades.
  5. Porque eu já te tenho fixado os anos da sua iniquidade, conforme o número dos dias, trezentos e noventa dias; e levarás a iniquidades da casa de Israel.
  6. E, quando tiveres cumprido estes dias, tornar-te-ás a deitar sobre o teu lado direito, e levarás a iniquidade da casa de Judá quarenta dias; um dia te dei para cada ano.
  7. Dirigirás, pois, o teu rosto para o cerco de Jerusalém, com o teu braço descoberto, e profetizarás contra ela.
  8. E eis que porei sobre ti cordas; assim tu não te voltarás de um lado para o outro, até que cumpras os dias do teu cerco.
  9. E tu, toma trigo, e cevada, e favas, e lentilhas, e milho e aveia, e coloca-os numa vasilha, e faze deles pão; conforme o número dos dias que tu te deitares sobre o teu lado, trezentos e noventa dias, comerás disso.
  10. E a tua comida, que hás de comer, será do peso de vinte siclos por dia; de tempo em tempo a comerás.
  11. Também beberás a água por medida, a saber, a sexta parte de um him; de tempo em tempo beberás.
  12. E o que comeres será como bolos de cevada, e cozê-los-ás sobre o esterco que sai do homem, diante dos olhos deles.
  13. E disse o Senhor: Assim comerão os filhos de Israel o seu pão imundo, entre os gentios para onde os lançarei.
  14. Então disse eu: Ah! Senhor DEUS! Eis que a minha alma não foi contaminada, pois desde a minha mocidade até agora, nunca comi daquilo que morrer de si mesmo, ou que é despedaçado por feras; nem carne abominável entrou na minha boca.
  15. E disse-me: Vê, dei-te esterco de vacas, em lugar de esterco de homem; e sobre ele prepararás o teu pão.
  16. Disse-me ainda: Filho do homem, eis que eu quebrarei o sustento de pão em Jerusalém, e comerão o pão por peso, e com ansiedade; e a água beberão por medida, e com espanto;
  17. Para que lhes falte o pão e a água, e se espantem uns com os outros, e se consumam nas suas iniquidades.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A parábola do semeador

O Santo Evangelho Segundo 
Marcos
4.1-20
  1. E outra vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
  2. E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina:
  3. Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
  4. E aconteceu que semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram;
  5. E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda;
  6. Mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se.
  7. E outra caiu entre espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto.
  8. E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem.
  9. E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
  10. E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
  11. E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
  12. Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
  13. E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
  14. O que semeia, semeia a palavra;
  15. E, os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações.
  16. E da mesma forma os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
  17. Mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição, por causa da palavra, logo se escandalizam.
  18. E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
  19. Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
  20. E estes são os que foram semeados em boa terra, os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um trinta, e outro sessenta, e outro cem.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A viúva de Serepta

O Primeiro Livro Dos
Reis
17.8-24
  1. Então veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
  2. Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
  3. Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água que beba.
  4. E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão.
  5. Porém ela disse: Vive o Senhor teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos.
  6. E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho.
  7. Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra.
  8. E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.
  9. Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do Senhor, que ele falara pelo ministério de Elias.
  10. E depois destas coisas sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, dona da casa; e a sua doença se agravou muito, até que nele nenhum fôlego ficou.
  11. Então ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniquidade, e matares a meu filho?
  12. E ele disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama,
  13. E clamou ao Senhor, e disse: Ó Senhor meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?
  14. Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, e disse: Ó Senhor meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele.
  15. E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.
  16. E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu à sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive.
  17. Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Acabe vence e casa com Jezabel

O Primeiro Livro Dos
Reis
16.29-34
  1. E Acabe, filho de Onri, começou a reinar sobre Israel no ano trigésimo oitavo de Asa, rei de Judá; e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel, em Samaria, vinte e dois anos.
  2. E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele.
  3. E sucedeu que (como se fora pouco andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate) ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou.
  4. E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria.
  5. Também Acabe fez um ídolo; de modo que Acabe fez muito mais para irritar ao Senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele.
  6. Em seus dias Hiel, o betelita, edificou a Jericó; em Abirão, seu primogênito, a fundou, e em Segube, seu filho menor, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Jesus declara-se Filho de Deus e igual ao Pai

O Santo Evangelho Segundo 
João
5.16-47
  1. Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado.
  2. Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
  3. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
  4. Disse-lhes, pois, Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho de si mesmo nada pode fazer, senão o que vir o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
  5. Porque o Pai ama ao Filho, e mostra-lhe tudo o que ele mesmo faz; e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis.
  6. Pois, assim como o Pai levanta os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem ele quer.
  7. Porque o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o julgamento,
  8. para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.
  9. Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida.
  10. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.
  11. Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmos;
  12. e deu-lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem.
  13. Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão:
  14. os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
  15. Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
  16. Se eu der testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
  17. Outro é quem dá testemunho de mim; e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
  18. Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade;
  19. eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas digo isto para que sejais salvos.
  20. Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz.
  21. Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o de João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que faço dão testemunho de mim que o Pai me enviou.
  22. E o Pai que me enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua forma;
  23. e a sua palavra não permanece em vós; porque não credes naquele que ele enviou.
  24. Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim;
  25. mas não quereis vir a mim para terdes vida!
  26. Eu não recebo glória da parte dos homens;
  27. mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor de Deus.
  28. Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis.
  29. Como podeis crer, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus?
  30. Não penseis que eu vos hei de acusar perante o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.
  31. Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim ele escreveu.
  32. Mas, se não credes nos escritos, como crereis nas minhas palavras?

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A fé e o amor dos colossenses. Oração de Paulo pelo seu progresso espiritual. Jesus Cristo, o autor da nossa redenção, a imagem do Deus invisível, Criador de todas as coisas e a cabeça da igreja

Carta do Apóstolo Paulo Aos
Colossenses
1.3-23
  1. Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós,
  2. desde que ouvimos falar da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes a todos os santos,
  3. por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho,
  4. que já chegou a vós, como também está em todo o mundo, frutificando e crescendo, assim como entre vós desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade,
  5. segundo aprendestes de Epafras, nosso amado conservo, que por nós é fiel ministro de Cristo.
  6. O qual também nos declarou o vosso amor no Espírito.
  7. Por esta razão, nós também, desde o dia em que ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;
  8. para que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus,
  9. corroborados com toda a fortaleza, segundo o poder da sua glória, para toda a perseverança e longanimidade com gozo;
  10. dando graças ao Pai que vos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz,
  11. e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado;
  12. em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados;
  13. o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
  14. porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
  15. Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas;
  16. também ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,
  17. porque aprouve a Deus que nele habitasse toda a plenitude,
  18. e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.
  19. A vós também, que outrora éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más,
  20. agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis,
  21. se é que permaneceis na fé, fundados e firmes, não vos deixando apartar da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro.

domingo, 22 de dezembro de 2013

O Verbo se fez carne

O Santo Evangelho Segundo
João
1.1-14
  1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
  2. Ele estava no princípio com Deus.
  3. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
  4. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;
  5. a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
  6. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
  7. Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele.
  8. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
  9. Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo.
  10. Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu.
  11. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
  12. Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;
  13. os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
  14. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.


sábado, 21 de dezembro de 2013

Cântico de louvor a Deus pelas suas grandes obras

Livro De Salmos
66.1-20
  1. Louvai a Deus com brados de júbilo, todas as terras.
  2. Cantai a glória do seu nome, dai glória em seu louvor.
  3. Dizei a Deus: Quão tremendas são as tuas obras! pela grandeza do teu poder te lisonjeiam os teus inimigos.
  4. Toda a terra te adorará e te cantará louvores; eles cantarão o teu nome.
  5. Vinde, e vede as obras de Deus; ele é tremendo nos seus feitos para com os filhos dos homens.
  6. Converteu o mar em terra seca; passaram o rio a pé; ali nos alegramos nele.
  7. Ele governa eternamente pelo seu poder; os seus olhos estão sobre as nações; não se exaltem os rebeldes.
  8. Bendizei, povos, ao nosso Deus, e fazei ouvir a voz do seu louvor;
  9. ao que nos conserva em vida, e não consente que resvalem os nossos pés.
  10. Pois tu, ó Deus, nos tens provado; tens nos refinado como se refina a prata.
  11. Fizeste-nos entrar no laço; pesada carga puseste sobre os nossos lombos.
  12. Fizeste com que os homens cavalgassem sobre as nossas cabeças; passamos pelo fogo e pela água, mas nos trouxeste a um lugar de abundância.
  13. Entregarei em tua casa com holocaustos; pagar-te-ei os meus votos,
  14. votos que os meus lábios pronunciaram e a minha boca prometeu, quando eu estava na angústia.
  15. Oferecer-te-ei holocausto de animais nédios, com incenso de carneiros; prepararei novilhos com cabritos.
  16. Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito por mim.
  17. A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua.
  18. Se eu tivesse guardado iniquidade no meu coração, o Senhor não me teria ouvido;
  19. mas, na verdade, Deus me ouviu; tem atendido à voz da minha oração.
  20. Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem retirou de mim a sua benignidade.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Paulo em Atenas. O seu discurso no Areópago

Atos Dos Apóstolos
17.15-34
  1. E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram.
  2. E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.
  3. De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam.
  4. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.
  5. E tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas?
  6. Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos pois saber o que vem a ser isto
  7. (Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade).
  8. E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos;
  9. Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.
  10. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
  11. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
  12. E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;
  13. Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;
  14. Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.
  15. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
  16. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
  17. Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
  18. E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez.
  19. E assim Paulo saiu do meio deles.
  20. Todavia, chegando alguns homens a ele, creram; entre os quais foi Dionísio, areopagita, uma mulher por nome Dâmaris, e com eles outros.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Deus é louvado por haver restaurado o seu povo

Livro De
Isaías
12.1-6
  1. E dirás naquele dia: Graças te dou, ó SENHOR, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolas.
  2. Eis que Deus é a minha salvação; nele confiarei, e não temerei, porque o SENHOR DEUS é a minha força e o meu cântico, e se tornou a minha salvação.
  3. E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação.
  4. E direis naquele dia: Dai graças ao Senhor, invocai o seu nome, fazei notório os seus feitos entre os povos, contai quão excelso é o seu nome.
  5. Cantai ao Senhor, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra.
  6. Exulta e jubila, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Isaías 30.1-33

Livro De
Isaías
30.1-33
  1. Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim; e que fazem aliança, mas não pelo meu espírito, para acrescentarem pecado a pecado;
  2. que se põem a caminho para descer ao Egito, sem pedirem o meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, e para confiarem na sombra do Egito!
  3. Portanto, a força de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito em confusão.
  4. Pois embora os seus oficiais estejam em Zoã, e os seus embaixadores cheguem a Hanes,
  5. eles se envergonharão de um povo que de nada lhes servirá, nem de ajuda, nem de proveito, porém de vergonha como também de opróbrio.
  6. Oráculo contra a Besta do Sul. Através da terra de aflição e de angústia, de onde vem a leoa e o leão, o basilisco, a áspide e a serpente voadora, levam às costas de jumentinhos as suas riquezas, e sobre as corcovas de camelos os seus tesouros, a um povo que de nada lhes aproveitará.
  7. Pois o Egito os ajuda em vão, e para nenhum fim; pelo que lhe tenho chamado Raabe que não se move.
  8. Vai pois agora, escreve isso numa tábua perante eles, registra-o num livro; para que fique como testemunho para o tempo vindouro, para sempre.
  9. Pois este é um povo rebelde, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do Senhor;
  10. que dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e profetizai-nos ilusões;
  11. desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; fazei que o Santo de Israel deixe de estar perante nós.
  12. Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto como rejeitais esta palavra, e confiais na opressão e na perversidade, e sobre elas vos estribais,
  13. por isso esta maldade vos será como brecha que, prestes a cair, já forma barriga num alto muro, cuja queda virá subitamente, num momento.
  14. E ele o quebrará como se quebra o vaso do oleiro, despedaçando-o por completo, de modo que não se achará entre os seus pedaços um caco que sirva para tomar fogo da lareira, ou tirar água da poça.
  15. Pois assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Voltando e descansando, sereis salvos; no sossego e na confiança estará a vossa força. Mas não quisestes;
  16. antes dissestes: Não; porém sobre cavalos fugiremos; portanto fugireis; e: Sobre cavalos ligeiros cavalgaremos; portanto hão de ser ligeiros os vossos perseguidores.
  17. Pela ameaça de um só fugirão mil; e pela ameaça de cinco vós fugireis; até que fiqueis como o mastro no cume do monte, e como o estandarte sobre o outeiro.
  18. Por isso o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso se levantará, para se compadecer de vós; porque o Senhor é um Deus de eqüidade; bem-aventurados todos os que por ele esperam.
  19. Na verdade o povo habitará em Sião, em Jerusalém; não chorarás mais; certamente se compadecerá de ti, à voz do teu clamor; e, ouvindo-a, te responderá.
  20. Embora vos dê o Senhor pão de angústia e água de aperto, contudo não se esconderão mais os teus mestres; antes os teus olhos os verão;
  21. e os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele; quando vos desviardes para a direita ou para a esquerda.
  22. E contaminareis a cobertura de prata das tuas imagens esculpidas, e o revestimento de ouro das tuas imagens fundidas; e as lançarás fora como coisa imunda; e lhes dirás: Fora daqui.
  23. Então ele te dará chuva para a tua semente, com que semeares a terra, e trigo como produto da terra, o qual será pingue e abundante. Naquele dia o teu gado pastará em largos pastos.
  24. Os bois e os jumentinhos que lavram a terra, comerão forragem com sal, que terá sido padejada com a pá e com o forcado,
  25. Sobre todo monte alto, e todo outeiro elevado haverá ribeiros e correntes de águas, no dia da grande matança, quando caírem as torres.
  26. E a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor atar a contusão do seu povo, e curar a chaga da sua ferida.
  27. Eis que o nome do Senhor vem de longe ardendo na sua ira, e com densa nuvem de fumaça; os seus lábios estão cheios de indignação, e a sua língua é como um fogo consumidor;
  28. e a sua respiração é como o ribeiro transbordante, que chega até o pescoço, para peneirar as nações com peneira de destruição; e um freio de fazer errar estará nas queixadas dos povos.
  29. um cântico haverá entre vós, como na noite em que se celebra uma festa santa; e alegria de coração, como a daquele que sai ao som da flauta para vir ao monte do Senhor, à Rocha de Israel.
  30. O Senhor fará ouvir a sua voz majestosa, e mostrará a descida do seu braço, na indignação da sua ira, e a labareda dum fogo consumidor, e tempestade forte, e dilúvio e pedra de saraiva.
  31. Com a voz do Senhor será desfeita em pedaços a Assíria, quando ele a ferir com a vara.
  32. E a cada golpe do bordão de castigo, que o Senhor lhe der, haverá tamboris e harpas; e com combates de brandimento combaterá contra eles.
  33. Porque uma fogueira está, de há muito, preparada; sim, está preparada para o rei; fez-se profunda e larga; a sua pilha é fogo, e tem muita lenha; o assopro do Senhor como torrente de enxofre a acende.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O progresso e a glória de Sião

Livro De
Isaías
54.1-17
  1. Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; rompe em cântico, e exclama com alegria, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária, do que os filhos da casada, diz o SENHOR.
  2. Amplia o lugar da tua tenda, e estendam-se as cortinas das tuas habitações; não o impeças; alonga as tuas cordas, e fixa bem as tuas estacas.
  3. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; e a tua descendência possuirá os gentios e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.
  4. Não temas, porque não serás envergonhada; e não te envergonhes, porque não serás humilhada; antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez.
  5. Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra.
  6. Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada e triste de espírito; como a mulher da mocidade, que fora desprezada, diz o teu Deus.
  7. Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei;
  8. Com um pouco de ira escondi a minha face de ti por um momento; mas com benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o Senhor, o teu Redentor.
  9. Porque isto será para mim como as águas de Noé; pois jurei que as águas de Noé não passariam mais sobre a terra; assim jurei que não me irarei mais contra ti, nem te repreenderei.
  10. Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão abalados; porém a minha benignidade não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não mudará, diz o Senhor que se compadece de ti.
  11. Tu, oprimida, arrojada com a tormenta e desconsolada, eis que eu assentarei as tuas pedras com todo o ornamento, e te fundarei sobre as safiras.
  12. E farei os teus vitrais de rubis, e as tuas portas de carbúnculos, e todos os teus termos de pedras aprazíveis.
  13. E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e a paz de teus filhos será abundante.
  14. Com justiça serás estabelecida; estarás longe da opressão, porque já não temerás; e também do terror, porque não chegará a ti.
  15. Eis que seguramente poderão vir a juntar-se contra ti, mas não será por mim; quem se ajuntar contra ti cairá por causa de ti.
  16. Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo, e que produz a ferramenta para a sua obra; também criei o assolador, para destruir.
  17. Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justiça que de mim procede, diz o Senhor.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A lamentação sobre Tiro

Livro De
Ezequiel
27.1-36
  1. E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
  2. Tu pois, ó filho do homem, levanta uma lamentação sobre Tiro.
  3. E dize a Tiro, que habita nas entradas do mar, e negocia com os povos em muitas ilhas: Assim diz o Senhor Deus: Ó Tiro, tu dizes: Eu sou perfeita em formosura.
  4. No coração dos mares estão os teus termos; os que te edificaram aperfeiçoaram a tua formosura.
  5. Fabricaram todos os teus conveses de faias de Senir; trouxeram cedros do Líbano para te fazerem mastros.
  6. Fizeram os teus remos de carvalhos de Basã; os teus bancos fizeram-nos de marfim engastado em buxo das ilhas dos quiteus.
  7. Linho fino bordado do Egito era a tua cortina, para te servir de vela; azul e púrpura das ilhas de Elisá era a tua cobertura.
  8. Os moradores de Sidom e de Arvade foram os teus remadores; os teus sábios, ó Tiro, que se achavam em ti, esses foram os teus pilotos.
  9. Os anciãos de Gebal e seus sábios foram em ti os que consertavam as tuas fendas; todos os navios do mar e os marinheiros se acharam em ti, para tratarem dos teus negócios.
  10. Os persas, e os lídios, e os de Pute eram no teu exército os teus soldados; escudos e capacetes penduraram em ti; eles manifestaram a tua beleza.
  11. Os filhos de Arvade e o teu exército estavam sobre os teus muros em redor, e os gamaditas nas tuas torres; penduravam os seus escudos nos teus muros em redor; eles aperfeiçoavam a tua formosura.
  12. Társis negociava contigo, por causa da abundância de toda a casta de riquezas; com prata, ferro, estanho e chumbo, negociavam em tuas feiras.
  13. Javã, Tubal e Meseque eram teus mercadores; em troca das tuas mercadorias davam pessoas de homens e objetos de bronze.
  14. Os da casa de Togarma trocavam pelas tuas mercadorias, cavalos, e cavaleiros e mulos.
  15. Os filhos de Dedã eram os teus mercadores; muitas ilhas eram o comércio da tua mão; dentes de marfim e pau de ébano tornavam a dar-te em presente.
  16. A Síria negociava contigo por causa da multidão das tuas manufaturas; pelas tuas mercadorias davam esmeralda, púrpura, obra bordada, linho fino, corais e ágata.
  17. Judá e a terra de Israel, eram os teus mercadores; pelas tuas mercadorias trocavam trigo de Minite, e Panague, e mel, azeite e bálsamo.
  18. Damasco negociava contigo, por causa da multidão das tuas obras, por causa da abundância de toda a sorte de riqueza, dando em troca vinho de Helbom e lã branca.
  19. Também Dã e Javã, de Uzal, pelas tuas mercadorias, davam em troca ferro trabalhado, cássia e cálamo aromático, que assim entravam no teu comércio.
  20. Dedã negociava contigo com panos preciosos para carros.
  21. A Arábia, e todos os príncipes de Quedar, eram mercadores ao teu serviço, com cordeiros, carneiros e bodes; nestas coisas negociavam contigo.
  22. Os mercadores de Sabá e Raamá eram os teus mercadores; em todos os seus mais finos aromas, em toda a pedra preciosa e ouro, negociaram nas tuas feiras.
  23. Harã, e Cane e Éden, os mercadores de Sabá, Assur e Quilmade negociavam contigo.
  24. Estes eram teus mercadores em roupas escolhidas, em pano de azul, e bordados, e em cofres de roupas preciosas, amarrados com cordas e feitos de cedros, entre tua mercadoria.
  25. Os navios de Társis eram as tuas caravanas que traziam tuas mercadorias; e te encheste, e te glorificaste muito no meio dos mares.
  26. Os teus remadores te conduziram sobre grandes águas; o vento oriental te quebrou no meio dos mares.
  27. As tuas riquezas, as tuas feiras, e tuas mercadorias, os teus marinheiros, os teus pilotos, os que consertavam as tuas fendas, os que faziam os teus negócios, e todos os teus soldados, que estão em ti, juntamente com toda a tua companhia, que está no meio de ti, cairão no meio dos mares no dia da tua queda,
  28. Ao estrondo da gritaria dos teus pilotos tremerão os arrabaldes.
  29. E todos os que pegam no remo, os marinheiros, e todos os pilotos do mar descerão de seus navios, e pararão em terra.
  30. E farão ouvir a sua voz sobre ti, e gritarão amargamente; e lançarão pó sobre as cabeças, e na cinza se revolverão.
  31. E far-se-ão calvos por tua causa, e cingir-se-ão de sacos, e chorarão sobre ti com amargura de alma, e com amarga lamentação.
  32. E no seu pranto levantarão uma lamentação sobre ti, e te lamentarão sobre ti, dizendo: Quem foi como Tiro, como a que foi destruída no meio do mar?
  33. Quando as tuas mercadorias saiam pelos mares, fartaste a muitos povos; com a multidão das tuas riquezas e do teu negócio, enriqueceste os reis da terra.
  34. No tempo em que foste quebrantada pelos mares, nas profundezas das águas, caíram, no meio de ti, os teus negócios e toda a tua companhia.
  35. Todos os moradores das ilhas estão a teu respeito cheios de espanto; e os seus reis tremeram sobremaneira, e ficaram perturbados nos seus rostos;
  36. Os mercadores dentre os povos assobiaram contra ti; tu te tornaste em grande espanto, e jamais subsistirá.

domingo, 15 de dezembro de 2013

A educação de Daniel e outros jovens hebreus na corte de Nabucodonosor

Livro De
Daniel
1.1-21
  1. No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.
  2. E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
  3. E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes,
  4. Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.
  5. E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei.
  6. E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias;
  7. E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego.
  8. E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.
  9. Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.
  10. E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.
  11. Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
  12. Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
  13. Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.
  14. E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.
  15. E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.
  16. Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das iguarias, e o vinho de que deviam beber, e lhes dava legumes.
  17. Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.
  18. E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor.
  19. E o rei falou com eles; entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei.
  20. E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.
  21. E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro.